Causas e Fatores de Riscos

Agora, você pode estar pensando: "Mas por que isso acontece com alguém?" Bem, como tudo no cérebro, a psicose tem uma mistura de causas biológicas, genéticas e até ambientais. As causas da psicose podem envolver desequilíbrios químicos no cérebro, como alterações nos níveis de neurotransmissores como a dopamina e a serotonina, que desempenham um papel central na regulação do humor, da percepção e das emoções. Essas disfunções neu rológicas podem ocorrer tanto devido a predisposição genética quanto a fatores externos, como o uso de substâncias psicoativas, que têm sido amplamente estudados como gatilhos para episódios psicóticos. Além dos fatores biológicos, o trauma psicológico é outra causa significativa. Experiências traumáticas, especialmente durante a infância, como abuso físico, emocional ou sexual, podem alterar profundamente a percepção da realidade, tornando o indivíduo vulnerável à psicose. Isso ocorre porque o trauma afeta as áreas do cérebro responsáveis pela regulação das emoções e pela percepção, como o sistema límbico, tornando a pessoa mais propensa a vivenciar delírios e alucinações. O fator de risco em relação a situações traumáticas nos leva a pensar em figuras históricas como a pintora Artemisia Gentileschi. No século XVII, Artemisia passou por um trauma devastador: ela foi violentada por um artista renomado e, ao buscar justiça, enfrentou humilhações públicas e torturas físicas. Embora não existam registros de que ela tenha vivenciado psicose, suas obras, intensas e cheias de simbolismo, refletem uma mente profundamente afetada por um trauma. Sua luta e resiliência exemplificam como experiências extremas podem moldar nossa percepção da realidade algo que, em muitos casos, pode se transformar em uma desconexão total, como a psicose. Por outro lado, a vulnerabilidade genética também é um fator crítico. Pessoas com histórico familiar de esquizofrenia ou transtornos psicóticos têm maior risco de desenvolver psicose. A genética pode predispor um indivíduo a desequilíbrios neuroquímicos, e a interação com fatores ambientais — como estresse crônico ou uso de drogas — pode ser o gatilho para a manifestação da psicose Portanto, a psicose não é uma condição que surge de forma isolada, mas sim a partir de um conjunto de fatores que envolvem tanto predisposição genética quanto experiências de vida traumáticas e exposição a fatores externos.